“Contar carneirinhos ajuda a dormir mais rápido”, ou “no fim de semana eu tiro o atraso do meu sono”. Provavelmente, você já deve ter ouvido essas frases de alguém que estava enfrentando problemas como a insônia. Mas será que essas dicas realmente funcionam ou são apenas crendices populares?
A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns na população mundial e impacta diretamente a saúde e a qualidade de vida. Para tirar suas dúvidas sobre o que pode estar atrapalhando o seu sono, listamos alguns dos principais mitos e verdades sobre o assunto. Confira!
A insônia é uma doença.
Verdade. Antigamente, acreditava-se que a insônia fosse apenas um sintoma de outro problema já existente. Porém, com o passar do tempo, observou-se que ela poderia ser persistente e gerar, por si só, outros sintomas capazes de impactar negativamente a vida do insone.
Contar carneirinhos ajuda a adormecer.
Mito. Em vez de contar carneirinhos, imaginar uma cena calma ajuda a adormecer mais rápido. Para contribuir com seu bom sono, procure realizar uma atividade mental relaxante como meditar, ouvir músicas calmas ou ler um livro antes de dormir.
A insônia é desencadeada apenas por problemas emocionais?
Mito. Problemas psicológicos são importantes gatilhos para a insônia, mas não são os únicos. Má higiene do sono ou doenças e dores crônicas também podem causar o problema.
Só vá para a cama quando estiver com sono.
Verdade. Se, ao se deitar na cama, você não conseguir pegar no sono entre 15 e 30 minutos, o melhor é levantar e procurar outro local para fazer alguma atividade relaxante, como ler ou meditar. Volte para a cama apenas quando estiver com sono!
Os cochilos curtos, em certo período do dia, são benéficos.
Controverso. O ideal é dormir a quantidade de horas necessária durante a noite, evitando os cochilos diurnos para melhorar o sono noturno. Porém, caso não seja possível e você precise descansar ao longo do dia, limite as sonecas a horários que não interfiram com o início do sono noturno (deve-se respeitar um intervalo de 4 horas antes do horário de dormir para crianças que fazem dois cochilos durante o dia e de 6 horas para aquelas que fazem um cochilo à tarde).
O uso de telas ajuda a dormir.
Mito. A luz azul emitida pelos dispositivos eletrônicos interfere no funcionamento do nosso relógio biológico, responsável pela produção da melatonina, hormônio responsável pelo sono.
A insônia aumenta o risco de outras doenças.
Verdade. A insônia crônica, quando há privação do sono, aumenta o risco de desenvolvimento de doenças como hipertensão arterial, diabetes e depressão.
É possível recuperar o sono aos fins de semana.
Mito. Tentar recuperar as horas que faltaram de sono aos sábados e domingos pode ser prejudicial, pois altera seu ritmo circadiano – mecanismo pelo qual o organismo se regula entre o dia e a noite. O ideal é manter uma rotina do sono, mantendo os horários para dormir e despertar todos os dias.
Dormir pouco reduz a saciedade.
Verdade. Dormir menos do que o necessário diminui a produção do hormônio leptina, relacionado à saciedade.
Você pode aprender a dormir menos.
Mito. A necessidade de horas de sono varia de pessoa para pessoa, mas a maioria dos adultos precisará de 7 a 9 horas por noite. A privação do sono causa alterações em nossas funções diárias, como memória, humor e concentração, além de problemas de saúde.
O sono é importante para nossa imunidade.
Verdade. Quando dormimos, nossa energia e processos metabólicos são redirecionados para algumas funções de nosso organismo como o metabolismo do sistema imunológico. Ou seja, um sono de qualidade contribui para a produção de nossas células de defesa, aumentando, assim, nossa imunidade.
Uma boa noite de sono é fundamental para o bom funcionamento de nosso organismo. Fique atento a qualquer sinal da insônia!
Referências: 1. Manual do Sono – um guia básico sobre sono, como dormir melhor e transtornos do sono – Último acesso 19/06/2022 / 2. Cartilha Semana do Sono 2022 - Último acesso 27/06/2022 / 3. Insônia: do diagnóstico ao tratamento [Andrea Bacelar, Luciano Ribeiro Pinto Jr. Difusão Editora; São Paulo: Associação Brasileira do Livro, 2019]
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